Rejeição 539: duplicidade de NF-e, com diferença na Chave de Acesso

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Quem emite notas fiscais eletrônicas com frequência sabe que pequenos erros no processo de envio podem gerar grandes dores de cabeça, especialmente quando envolvem rejeições por parte da Sefaz. Uma das mais comuns e, ao mesmo tempo, confusas para o contribuinte é a Rejeição 539: Duplicidade de NF-e com diferença na Chave de Acesso.

Esse erro pode interromper processos de venda, atrasar a entrega de mercadorias e, se não corrigido corretamente, comprometer a escrituração fiscal. Neste guia completo, você vai entender o que significa a Rejeição 539, por que ela acontece, como resolver de forma correta e o que fazer para evitá-la no dia a dia da sua operação fiscal.

Se você já se deparou com a mensagem de rejeição 539 no retorno da Sefaz e não entendeu o motivo, este conteúdo é para você.

O que é a rejeição 539 na nota fiscal?

A Rejeição 539 ocorre quando o sistema da Secretaria da Fazenda (Sefaz) identifica uma tentativa de emissão de uma NF-e com número e série já utilizados, mas com alterações nos dados que compõem a chave de acesso. Essa combinação é interpretada como uma duplicidade com diferença, e por isso a nota é automaticamente rejeitada.

Em outras palavras, você está tentando emitir uma nova nota fiscal com o mesmo número e série de uma NF-e já autorizada, mas com alguma alteração em campos obrigatórios, como o CNPJ do destinatário, o valor total, o código do município ou a data de emissão. Essas mudanças geram uma nova chave de acesso, e o sistema não permite que o mesmo número de nota seja utilizado com outra chave.

Essa rejeição é bastante comum em empresas que:

  • Tentam corrigir uma NF-e já autorizada reenviando uma nova versão com o mesmo número;
  • Alteram dados fiscais sem cancelar previamente a nota anterior;
  • Estão com falhas na sincronização entre sistemas de gestão e emissores fiscais.

Importante: A duplicidade não está relacionada ao envio em duplicidade da mesma NF-e, mas sim ao uso do mesmo número e série em notas que geram chaves diferentes.

Significado do erro e quando ele ocorre

Em termos práticos, a Rejeição 539 significa que:

“Já existe uma nota fiscal com este número, série e CNPJ do emissor registrada na Sefaz, mas os dados desta nova tentativa de envio são diferentes da original.”

Esse erro normalmente aparece quando o emissor:

  • Tenta corrigir uma NF-e já autorizada alterando dados que não podem ser modificados diretamente;
  • Reenvia uma nota já transmitida anteriormente, mas com campos alterados, criando uma nova Chave de Acesso.

Diferença entre duplicidade e segunda via da nota fiscal

É importante diferenciar dois conceitos:

  • Segunda via da NF-e: é apenas a reimpressão ou reenvio da mesma nota já autorizada, com a mesma Chave de Acesso;
  • Duplicidade com diferença (Rejeição 539): acontece quando se tenta autorizar uma nova nota com dados diferentes, mas utilizando o mesmo número e série de uma nota já aprovada.

Ou seja, não é possível substituir uma NF-e autorizada por uma nova. É preciso seguir os trâmites corretos de cancelamento ou correção.

Saiba tudo sobre rejeição da nota fiscal em: “Rejeição da nota fiscal: guia completo e principais tipos”.

Por que ocorre a rejeição 539?

A Rejeição 539 acontece principalmente quando há tentativa de reenviar uma nota fiscal já autorizada, mas com alguma alteração nos dados fiscais que modificam a Chave de Acesso. Mesmo que o número e a série da NF-e sejam os mesmos, o sistema da Sefaz entende como uma duplicidade com diferenças, o que gera automaticamente a rejeição.

Essa situação pode acontecer tanto por erro operacional quanto por desconhecimento das regras da NF-e. Abaixo, explicamos os dois principais cenários:

Reenvio indevido de uma NF-e que deveria ser corrigida

Um dos erros mais comuns que geram a Rejeição 539 é tentar corrigir uma NF-e já autorizada gerando uma nova nota com o mesmo número e série, mas com campos alterados.

Exemplo prático:

  1. Você emite uma NF-e com número 123, série 1, e ela é autorizada pela Sefaz.
  2. Após autorização, percebe que o endereço do cliente estava errado.
  3. Em vez de usar carta de correção, o usuário altera o endereço no sistema e tenta transmitir novamente a NF-e número 123, série 1.
  4. Como o campo “endereço do destinatário” influencia a Chave de Acesso, a nova versão da nota tem uma chave diferente da original.
  5. Resultado: Rejeição 539.

Solução correta:

  • Para ajustes como endereço, utilize a Carta de Correção Eletrônica (CC-e).
  • Para erros que não podem ser corrigidos via CC-e, o caminho é cancelar a nota original (se estiver dentro do prazo) e emitir uma nova NF-e com novo número.

Alterações nos dados fiscais gerando nova chave de acesso

A Chave de Acesso da NF-e é composta por diversos elementos: CNPJ do emitente, número da nota, série, data de emissão, UF, modelo da nota, entre outros. Alterar qualquer campo que compõe essa chave, mesmo que minimamente, e tentar reenviar a nota com o mesmo número/série resulta em duplicidade com diferença.

Alguns exemplos de campos que altera a Chave de Acesso:

  • Data de emissão
  • CNPJ do destinatário
  • Código do município
  • Código do modelo da nota
  • Código numérico

Se você mudar qualquer um desses campos e tentar manter o mesmo número de nota, a Sefaz identifica como uma nova Chave de Acesso e rejeitará por duplicidade.

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Como corrigir a rejeição 539

Corrigir a Rejeição 539 exige atenção aos detalhes da identificação da nota fiscal, além de entender qual o procedimento adequado: carta de correção ou cancelamento. A boa notícia é que, uma vez identificada a causa, a solução é rápida, desde que esteja dentro dos prazos legais.

Verifique o número, série e chave da nota

O primeiro passo para resolver a rejeição 539 é comparar a nota que está sendo enviada com a que já foi autorizada.

O que checar:

  • Número da NF-e
  • Série
  • Chave de Acesso gerada automaticamente pelo sistema

Se o número e a série forem iguais, mas a nova tentativa tiver alguma alteração nos campos que geram a Chave de Acesso, o erro de duplicidade será acionado.

Acesse o portal da Sefaz ou use seu emissor de notas para consultar a NF-e já autorizada. Assim, você confirma se a nota já está registrada e qual foi sua Chave de Acesso.

Utilize o cancelamento ou a carta de correção quando necessário

Depois de identificar a diferença, você precisará decidir qual ação seguir:

1. Use a Carta de Correção Eletrônica (CC-e)

Indicado quando o erro pode ser corrigido sem alterar informações fiscais críticas.

Exemplos de ajustes permitidos por CC-e:

  • Endereço do destinatário
  • Dados adicionais
  • Peso, volume, placas de veículos
  • CFOP, desde que não altere o imposto devido

Como fazer:

  • Acesse seu emissor de notas
  • Localize a nota fiscal rejeitada
  • Emita uma CC-e com as informações corretas

2. Cancele a NF-e e emita uma nova

Indicado quando a correção afeta campos que alteram a Chave de Acesso, como:

  • Data de emissão
  • CNPJ do destinatário
  • Valor total
  • CST/CSOSN
  • Código do município

Importante: o cancelamento só pode ser feito dentro do prazo legal (normalmente 24 horas após a autorização).

Como fazer:

  • Solicite o cancelamento da NF-e autorizada via sistema emissor
  • Aguarde a autorização de cancelamento pela Sefaz
  • Emita uma nova nota com novo número

Evite tentar forçar o envio de uma nova NF-e com o mesmo número da original. Isso só reforçará o erro de duplicidade.

Leia também: “Carta de Correção de Nota Fiscal: tudo o que você precisa saber”. 

Boas práticas para evitar duplicidade

Evitar a Rejeição 539 é, acima de tudo, uma questão de controle e padronização. Como esse erro está diretamente ligado à emissão duplicada de notas fiscais com diferenças na Chave de Acesso, é essencial adotar boas práticas que garantam consistência na numeração, validação e envio das NF-es.

Confira abaixo os principais cuidados:

Controle de sequência numérica de NF-e

Um dos erros mais frequentes nas empresas é a reutilização indevida do número da NF-e, geralmente por desconhecimento ou falhas operacionais.

Para evitar isso:

  • Mantenha o controle interno rigoroso da numeração das notas por série e modelo;
  • Certifique-se de que cada número seja utilizado apenas uma vez;
  • Evite emitir manualmente NF-es sem consultar o histórico da última nota aprovada;
  • Use bloqueios automáticos no sistema emissor para impedir a repetição de números já autorizados.

Dica prática: Configure o seu emissor para incrementar automaticamente o número da NF-e a cada nova emissão. Isso reduz a chance de erro humano e garante uma sequência fiscal íntegra.

Integração com emissor de notas e automação fiscal

Sistemas desatualizados, falhas de comunicação entre áreas ou erros manuais são grandes vilões quando o assunto é duplicidade de NF-e.

Para evitar retrabalho, rejeições e problemas fiscais:

  • Utilize sistemas emissores de NF-e integrados ao seu ERP ou sistema de gestão contábil;
  • Habilite funções de validação automática da chave de acesso antes do envio à Sefaz;
  • Adote ferramentas que emitem alertas sobre conflitos de numeração ou inconsistências tributárias;
  • Treine a equipe fiscal para verificar sempre o status da última nota emitida, especialmente quando houver necessidade de reemissão por erro.

Empresas que trabalham com grandes volumes de NF-e ou com operações descentralizadas (filiais, centros de distribuição, etc.) devem priorizar soluções com automação tributária e rastreabilidade completa de cada documento.

Conclusão: duplicidade é um erro evitável com boas rotinas fiscais

A Rejeição 539 é um tipo de erro comum, mas completamente evitável com o uso correto de boas práticas fiscais. Em sua essência, trata-se de um conflito entre dados alterados e o reaproveitamento do mesmo número e série de nota fiscal, algo que pode ser evitado com um mínimo de organização no processo de emissão de NF-e.

Compreender como funciona a Chave de Acesso, saber quando utilizar a Carta de Correção ou optar pelo cancelamento da NF-e, e manter um controle rigoroso da sequência numérica, são atitudes simples que evitam prejuízos operacionais, glosas e problemas de compliance fiscal.

Além disso, o uso de ferramentas automatizadas de emissão e validação ajuda a reduzir significativamente a ocorrência desse tipo de rejeição.

Como o ClickNotas ajuda a identificar rejeições antes do envio à Sefaz

O ClickNotas é mais do que um emissor de NF-e — é uma plataforma inteligente de gestão fiscal, com foco em prevenir erros antes que eles causem impactos no seu negócio.

Com ele, você conta com:

  • Validação automática da NF-e antes do envio à Sefaz, identificando campos obrigatórios e inconsistências;
  • Alerta de duplicidade de numeração em tempo real;
  • Histórico completo de documentos emitidos, facilitando o controle da sequência fiscal;
  • Integração com sistemas contábeis e ERPs, garantindo fluidez entre os setores;
  • Suporte especializado para orientar sobre rejeições, correções e boas práticas de emissão.

Empresas que utilizam soluções como o ClickNotas minimizam erros operacionais e ganham tempo com rotinas fiscais mais seguras e eficientes.

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